A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) destina, anualmente, R$ 450 mil para cada clube participante da Série D do Campeonato Brasileiro, além de oferecer apoio logístico. Considerando que a Série D reúne 64 equipes na primeira fase, o investimento inicial com os clubes é de R$ 28,8 milhões (64 x R$ 450 mil). Esse valor pode aumentar ao longo da competição, já que há premiações adicionais para as fases seguintes.

Em paralelo, os presidentes das 27 federações estaduais recebem um salário mensal de R$ 215 mil. Somando-se o 13º salário e o adicional de férias (1/3 sobre um salário), o custo anual por presidente chega a aproximadamente R$ 3.098.333,33. Multiplicado pelos 27 presidentes, o gasto total anual com salários desses dirigentes ultrapassa R$ 83,65 milhões.

Ao comparar os valores, percebe-se que o montante gasto com salários de presidentes de federações estaduais é quase três vezes maior que o valor investido inicialmente pela CBF na Série D. Essa discrepância evidencia uma assimetria significativa entre os recursos direcionados à manutenção da estrutura administrativa do futebol brasileiro e o incentivo ao desenvolvimento esportivo nas divisões de base do campeonato nacional.

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