Na Manchete, estamos acompanhando o tema SAF desde que ele surgiu no Uberlândia Esporte Clube, quando José Francisco Mansur, uma das maiores referências nacionais no assunto, foi trazido para uma palestra na sede do Ministério Público. Na época, a proposta foi simplesmente triturada pelo Conselho e por membros da própria executiva, que eram contrários à ideia. Três anos se passaram, muitos clubes se tornaram SAF — e agora estamos correndo atrás do prejuízo.

Por aqui já passaram nomes como Paulo Assis (Londrina), Fred Luz (ex-Flamengo e Corinthians) e outros tantos. Agora, o “cavalo arriado” da vez é Fábio Mineiro. E a pergunta que não quer calar: qual é o valor do UEC?

Na nossa humilde opinião, o valor é importante — mas não é o fator decisivo. A experiência e o case de sucesso do Athletic Club têm um peso enorme, e isso está embutido no currículo do Fábio. Há quem diga que o UEC vale mais de 200 milhões; outros dizem que não vale nada. Nós já pensamos diferente: 200 milhões nas mãos de um curioso podem virar nada — e 40 milhões nas mãos de quem sabe fazer podem valer muito.

Para comparação:

A SAF da Portuguesa foi vendida por cerca de R$ 260 milhões.

A do Pouso Alegre, por R$ 20 milhões.

A do Cruzeiro, por R$ 400 milhões.

Mais importante que o valor é o know-how que vem junto com o grupo. Afinal, um clube que pretende, no mínimo, alcançar a Série B, precisará de investimentos robustos. Vamos supor um contrato de 15 anos com investimento total de 100 milhões, e que o clube alcance a Série B no sexto ano. Restariam 9 anos de gestão, com investimento médio de 40 milhões por ano — isso porque uma folha modesta de Série B gira em torno de 3 milhões mensais. Fazendo as contas: 9 x 40 = 360 milhões.

Já diziam os antigos: “é do couro que sai a correia”. Por isso, reforçamos: a proposta financeira é importante, mas o projeto, a experiência e a competência de quem toca o barco valem tanto quanto ou muito mais.

100, 150, 200 milhões é pouco ou muito dependendo da divisão que se pretende estar e da forma que será gasto.

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