QUANTO VALE O TIME DO CORAÇÃO?

Fábio Mineiro, ex-CEO do Athletic, apresentou aos conselheiros e diretores do UEC uma proposta para aquisição da SAF do clube. 100 milhões é o valor oferecido, a ser investido ao longo de 15 anos. Uma média de 6,6 milhões ao ano ou 550 mil por mês.

Desde que o valor foi revelado, os torcedores iniciaram um acalorado debate. Uns entendem que é um valor muito baixo, outros que é um valor razoável e há quem entenda que 100 milhões nas mãos de quem sabe o que faz valem o dobro, o triplo, enfim. E o comprador já mostrou que é capaz.

MAS ONDE É QUE O BICHO PEGA?

Quando temos que abrir mão de algo que é importante para nós, mas não é algo que amamos, a gente solta um “quer saber, é só um negócio”, sapeca o porco e toca o barco. Porém, quando se trata de algo que amamos, o buraco é mais embaixo.

Como botar preço em algo que para nós é tão querido e estimado? Quanto vale o nosso UEC? E sinceramente digo que nem 100 trilhões de dinares kwaitianos (moeda mais valiosa do mundo hoje) seria dinheiro suficiente. E a razão é simples: não estamos falando de algo que tenha preço.

Temos visto e ouvido por aí notícias de clubes de menos expressão que o nosso negociando suas SAFs com cifras acima de 1 bilhão de reais, mas quem garante que essa grana toda vai entrar? Quem garante que não é só canto de sereia?

O que fazer nessa hora, então? De minha parte, digo ao torcedor mais apaixonado: deixa ir porque deixar que vá é uma puta demonstração de amor. Deixemos ir. E se não rolar, se não der certo, o certo é que aqui estaremos de braços abertos dizendo ao nosso UEC: valeu a pena tentar!

O Fábio Mineiro tem um case de sucesso em andamento. O que ele fez no Athletic foi incrível. Pegar um clube amador e alçá-lo à série B em 6 anos é um feito extraordinário.

Basta olhar a repercussão nas redes sociais e pesquisar pra ver a real grandeza do seu trabalho no clube da histórica, porém modesta São Jão Del Rei. Então não estamos falando de um total estranho ou um aventureiro sem currículo ou referência.

Assim sendo, deixar ir e desejar toda sorte do mundo é o que de melhor podemos fazer pelo nosso Verdão neste momento. E seguir acompanhando e cobrando, é claro, como sempre fazemos.

Aos Diretores e Conselheiros que ao longo dos anos deram e continuam dando seu melhor ao clube na intenção de torná-lo grande, digo o mesmo: vocês tentaram. Mas é chegado o momento de compreender e deixar que vá.

Desculpe o leitor a dose de pieguice, mas é o que penso e sinto.

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