Depois de ouvirmos a imprensa, na primeira matéria da série, e representantes políticos e personalidades da cidade, na segunda, agora é a vez de quem vive e construiu o dia a dia do futebol: dirigentes atuais, ex-dirigentes e ex-jogadores, figuras importantes do esporte local que ajudaram a moldar a história do Uberlândia Esporte Clube.
O projeto de transformar o Verdão em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) mobiliza opiniões diversas, e nesta terceira reportagem reunimos depoimentos de quem conhece profundamente o clube.
🔰 Joaquim Ambrósio – 2º Vice-Presidente da atual gestão
“Sou totalmente a favor. Por mais que amamos o Uberlândia Esporte, somos amadores. Mais paixão do que conhecimento. Paixão não marca gol, nem defende pênalti. Vamos entregar o futebol profissional pra quem entende. O retrospecto do Athletic fala por si.”
🔰 Pedro Naves – Ex-presidente do UEC
“Me preocupa muito esse assunto. O Brasil está cheio de corretores tentando vender clubes promissores. Além disso, algumas negociações são feitas sem a devida transparência. O Uberlândia é uma paixão da cidade inteira e decisões como essa deveriam ser tomadas com envolvimento de ex-presidentes, promotores, juízes e até do prefeito. SAF é assunto sério, deve ser tratado com mais respeito.”
🔰 Wisner Dantas – Ex-jogador e dirigente
“Sou a favor, com ressalvas. Ainda preciso estudar mais sobre os termos.”
🔰 João Gilberto – Ex-dirigente do UEC
“O debate deveria ser mais amplo, com participação de vários setores da sociedade. Não apenas um grupo eleito. É um passo grande demais para não ser totalmente transparente.”
🔰 Alessandro Marques – Ex-dirigente do UEC
“Sou plenamente a favor da SAF. Os clubes precisam de gestão profissional. Só acredito que, ao firmar acordos, o clube deve estar protegido em todos os aspectos e evitar repetições de negociações pouco vantajosas no passado.”
🔰 Ayrton Pinhal – Ex-dirigente do UEC
“100 milhões em 15 anos dá cerca de 7 milhões por ano. É pouco pra uma SAF. Só aceitaria se houvesse contrapartida patrimonial, como o compromisso de um legado físico e não só esportivo.”
🔰 Lilica – Presidente da Liga Uberlandense de Futebol (LUF)
“Sou totalmente a favor da modernização do futebol. Com seriedade e planejamento, a SAF pode transformar o UEC e fortalecer o esporte em Uberlândia. Confio que a diretoria saberá conduzir o processo com foco no bem maior: o crescimento do clube e o fortalecimento da base.”
🔰 Mairon Cesar – Ex-jogador do Verdão
“A SAF é sim a solução pro clube voltar a crescer. Hoje temos pouca arrecadação, pouco patrocínio e a torcida está distante. Com organização e investimento, isso muda. O Verdão pode voltar a ser referência.”

Procuramos também outros ex-dirigentes e pessoas ligadas ao Uberlândia Esporte Clube, mas alguns preferiram não se manifestar:
Juninho, ex-diretor e preparador físico, disse que o negócio dele “é futebol” e que prefere não comentar sobre SAF.
Everton Magalhães e Eduardo Anchieta, ex-presidentes, não responderam às nossas mensagens.
Amaragil Neto também não retornou nosso contato.
Edenilton Faria preferiu não se manifestar.
Assim como outros ex-dirigentes que foram procurados pela equipe do Manchete Esportiva.
🎯 Avaliação das opiniões apresentadas
As opiniões reunidas nesta terceira matéria mostram a complexidade e a seriedade que o tema exige. Há quem veja na SAF a oportunidade definitiva para o Uberlândia Esporte Clube se profissionalizar, atrair investimentos e recuperar seu protagonismo. Outros alertam para os riscos de decisões precipitadas, cobrando transparência, participação ampla e garantias concretas de proteção ao patrimônio.
O debate está posto: o desafio agora é encontrar o equilíbrio entre a necessidade de evolução e a preservação da identidade e da história do Verdão.
📌 Em breve, publicaremos uma matéria geral reunindo os principais pontos das três reportagens da série, oferecendo um panorama completo dessa importante decisão para o futuro do Uberlândia Esporte Clube.




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